Quem foi Agontinmê?

A Mina-Jêje é considerada uma religião de base afro-brasileira e tem nas casas das Minas e de Nagô, em São Luis, Maranhão, uma de suas principais casas de matrizes de tambor-de-mina. Enquanto na Casa das Minas são cultuados os voduns, na Casa de Nagô também fazem parte os orixás, caboclos e encantados. Entretanto, a Casa das Minas tem relação direta com o nome do Instituto de Educação e Pesquisa Afro-Maranhense, pois dela veio a presença da rainha Agontinmê.

A rainha Nã Agontinmê era a viúva do rei Angonglo (1789-1797) do Daomé, vendida como escrava pelo rei Adandozan (1797-1818). Adandozan governou Daomé após o falecimento do pai, perdendo o trono para o meio irmão Guezo (1818-1858), filho de Nã Agontinmê. Guezo organizou uma embaixada às Américas para procurar a sua mãe.

Segundo muitos pesquisadores e espíritas da religião de matriz africana mina-jêje, Nã Agontinmê seria Maria Jesuína, africana fundadora da Casa das Minas e consagrada ao vodum Zomadonu, dono espiritual da Casa, em São Luís, também conhecida como Querebentã Zomadonu, em 1840.